“Irmãos e irmãs, muitos já morreram. Por favor, não deixem que mais sangue inocente seja derramado, nem na Terra Santa, nem na Ucrânia, nem em nenhum outro lugar! Basta!”
“As guerras são sempre uma derrota. Sempre” – Com este apelo, durante o Angelus do último domingo, 15 de outubro, o Papa Francisco expressou sua tristeza pelo que está acontecendo em Israel e na Palestina. Francisco renovou também “o apelo pela libertação dos reféns”, depois pediu “veementemente” que “as crianças, os doentes, os idosos, as mulheres e todos os civis não sejam vítimas do conflito”, que o direito humanitário seja respeitado: “sobretudo em Gaza, onde é urgente e necessário garantir corredores humanitários e ajudar toda a população”.
O conflito
Nesta segunda-feira (16), o conflito em Israel e na Palestina entra no 10º dia com 4.208 mortos — 2.808 palestinos e 1.400 israelenses, a grande maioria civis. Este conflito na região se estende por pelo menos sete décadas e a atual violência — iniciada após o ataque do Hamas a Israel no sábado, 07 de outubro — é apenas o mais recente capítulo desta tensão.
No centro do mais recente atrito entre o Hamas e israelenses está a Faixa de Gaza. Uma região palestina localizada em um estreito pedaço de terra na costa oeste do território israelense, na fronteira com o Egito e banhada pelo Mar Mediterrâneo. Gaza tem cerca de 41 km de comprimento e 10 km de largura.
A região é marcada por pobreza e superpopulação. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), Gaza tem uma população de aproximadamente 2,1 milhões de pessoas, incluindo cerca de 1,7 milhões de refugiados palestinos.
Oração e Jejum
No final do Angelus, o Papa convidou todos os fiéis a se unirem à Igreja na Terra Santa e dedicarem a próxima terça-feira, 17 de outubro, à oração e ao jejum”. “A oração – explicou – é uma força mansa e santa para se opor à força diabólica do ódio, do terrorismo e da guerra”.
Em sintonia com o desejo do Papa Francisco, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai viver um dia de oração e jejum pela paz e a reconciliação dos que estão vivendo em contextos de guerra, especialmente judeus e palestinos. O dia vai começar com o “Santo Terço pela Paz”, na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, às 8h30, com a presença do Comissário da Terra Santa em Goiás, frei Edgar Alves, OFM. A oração do Santo Terço será transmitida pelas redes sociais da CNBB.
Acompanhe aqui: