A chamada “financeirização” da economia vem sendo considerada um dos entraves ao combate da desigualdade social e ao crescimento econômico. De acordo com o sociólogo Ilan Lapyda, autor da tese “Financeirização no Brasil nos anos Lula”, depois da instituição do Plano Real o país se transformou numa “plataforma de valorização financeira”, com o controle da inflação, o aumento da dívida pública e a adoção de uma das maiores taxas de juros do mundo. Já nos governos petistas, especialmente entre 2003 e 2010, a despeito do crescimento das políticas sociais, a financeirização ganhou novas dimensões no país. Segundo ele, “uma diferença marcante em relação ao período anterior é que até o início dos anos 2000, tínhamos aqui uma financeirização restrita e ‘de elite’ (limitada à acumulação financeira da burguesia e alta classe média), ao passo que, a partir de então, tem-se uma financeirização elevada e ‘de massas’, já que amplos contingentes de trabalhadores são incorporados”.
Confira a entrevista publicada no site ihu clicando no link abaixo: