O 5º seminário de Escolas de Fé e Política do Regional Nordeste II
Por Ivo Lesbaupin
Erika 5 dias atrás 0 79 1 minuto de leitura
Realizou-se no Santuário das Comunidades, em Caruaru, nos dias 24 a 26 de agosto, o 5º seminário de Escolas de Fé e Política do Regional Nordeste II (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas). Estiveram presentes cerca de 25 pessoas, de nove Escolas de diferentes estados.
A primeira parte do seminário foi dedicada à análise da conjuntura política, iniciada a partir do levantamento da situação em cada uma das localidades (municípios) presentes. Em seguida, com a ajuda do assessor, Ivo Lesbaupin, se fez uma análise da conjuntura nacional. Ficou claro que este é um momento difícil, com sérios retrocessos em direitos a partir do golpe de 2016, com a direita querendo avançar ainda mais. Mas que existe uma forte resistência por parte dos setores populares, que se evidencia pelo aumento das intenções de voto no único candidato que os golpistas não querem que participe das eleições. Hoje ele ganharia as eleições, tendo mais que o dobro em relação ao segundo colocado.
A maioria dos eleitores não quer a continuidade da política atual, quer mudança. Existe, pois, possibilidade de eleger um candidato que se oponha à destruição das políticas públicas que está em curso.
Além de eleger um candidato a presidente, é preciso eleger parlamentares que apóiem políticas favoráveis à maioria, em defesa da cidadania. Em outras palavras, não se pode deixar o Congresso ser tão conservador quanto o atual, do contrário, a maioria poderá aprovar emendas constitucionais prejudiciais aos trabalhadores.
Na parte da tarde do segundo dia, D. Sebastião Gameleira, apresentou uma reflexão sobre as “Perspectivas bíblicas do bem viver”. A partir de Isaías, da 1ª carta de João e das cartas de Paulo, teceu considerações sobre o “xalôm” (que seria melhor traduzir por “felicidade” ou o que nós chamamos de “bem viver”). Disse-nos que esta é a mensagem que Deus quer transmitir ao povo: que ele está com os pobres, que ele está no meio dos pobres e que os pobres têm força. Os pobres pensam que são menos e que são fracos, mas eles são mais fortes que o pequeno grupo que domina e oprime. Esta reflexão animou a todas e todos.
Na manhã do último dia se fez um relato da situação das Escolas presentes, de seus avanços e suas dificuldades, para pensar o que fazer daqui para a frente. Vale lembrar que, no Nordeste II, há Escolas de origem católica e também Escolas de origem evangélica, que partilham da mesma busca e do mesmo esforço.