Francisco de Aquino Júnior – O artigo aborda teologicamente a problemática “fé – política” em sua unidade estrutural (respectividade constitutiva) e em sua autonomia relativa (especificidade, dinamismo, estrutura). Começa apresentando e confrontando alguns modos possíveis de seu tratamento (modo reducionista, modo dualista e modo estrutural) e assumindo o que nos parece o mais adequado e o mais consequente (modo estrutural). Em seguida, enfrenta-se com a problemática fé – política, esboçando, quase que a modo de teses, sua estrutura teológica fundamental: a fé tem uma dimensão política constitutiva sem se identificar com ou se reduzir a ela; a política, em sua relativa autonomia, tem um caráter teologal radical; tanto a dimensão política da fé quanto o caráter teologal da política carecem de mediações históricas – precisam ser mediatizados historicamente. E esse é, certamente, o aspecto mais complexo e mais polêmico da problemática. Aqui não faremos senão indicar algumas questões que nos parecem relevantes e decisivas nesse processo de mediação: objetividade da mediação, especificidade da missão da igreja, sujeitos eclesiais, caráter social da Igreja, o estritamente político da fé e a perspectiva dos pobres e oprimidos.
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