A palavra “crise” se transformou numa categoria – chave para designação daquilo que caracteriza nosso momento histórico: diferentes vezes a partir de diferentes óticas designam o momento atual de nossa vida societária como momento de crise profunda. E entre as dimensões básicas constitutivas desta crise está, sem dúvida, em muitas destas interpretações, a crise do nosso “ETHOS”(1). Fala-se, mesmo, de mudanças rápidas e profundas dos valores subjacentes a convivência entre homens, o que implica, implícita ou explicitamente, uma ruptura com o ethos culturalmente transmitido (2). Uma das primeiras manifestações desta mudança é a superação das diferentes formas de solidariedade e comunhão (3) para dar lugar a um individualismo cada vez mais difuso, que se vai impondo como mentalidade subjacente aos comportamentos das pessoas em sua convivência social (4).
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